É lamentável o relaxamento dos bons costumes nos países que se prezam como civilizados. A fórmula civil ou religiosa do matrimônio se converteu numa permissão para fornicar por uns quantos dias depois dos quais já vem o divórcio. Casam-se hoje e divorciam-se amanhã. Isso é tudo! Hoje, em vez de se dizer: vamos dormir juntos, se diz: vamos casar? Assim se tapa um pouco a coisa, se dissimula, se legaliza.
Praticamente, o matrimônio moderno se converteu num novo tipo de prostituição. Conhecemos o caso de mulheres que se casaram dez ou quinze vezes. Muitas dessas damas são artistas do cinema ou senhoras da alta sociedade. Ninguém fala nada dos seus dez ou quinze maridos. Estando a prostituição legalizada, todo mundo cala a boca.
Realmente, as pessoas confundem a paixão com o amor. A paixão é um veneno que engana a mente e o coração. O homem apaixonado crê firmemente que está enamorado. A mulher apaixonada poderia até jurar que está enamorada.
Os apaixonados sonham com o amor, louvam o amor, porém jamais despertaram o mundo do amor. Eles não sabem o que é o amor. Somente sonham com ele e crêem estar enamorados. Este é o seu erro. Quando a paixão foi plenamente satisfeita, fica a crua realidade, então vem o divórcio. Ainda que pareça exagerado afirmar, de um milhão de casais que se julgam enamorados, tão somente pode haver um realmente enamorado. Isso é assim! É raro achar na vida um casal realmente enamorado. Existem milhões de casais apaixonados, porém enamorados é muito difícil de encontrar.
É urgente se dissolver o eu para se fabricar a alma. Somente a alma sabe amar de verdade. A alma se robustece e se fortifica com o fogo do Espírito Santo. É bom saber que o fogo do Espírito Santo é amor. É bom saber que o fogo do Espírito Santo é o Kundalini, do qual falam os hindus. Só este fogo flamígero sexual pode abrir as sete igrejas da alma. Só este fogo eletrônico pode encher a alma de poderes ígneos. Quem não entender isto poderá perder sua alma. A alma que renuncia ao sexo e ao amor morre inevitavelmente.
O homem mostra sua virilidade fazendo obras de amor e não falando do amor que é incapaz de fazer. O beijo da Mãe Kundalini é para o homem viril e para mulher verdadeiramente enamorada de seu marido. O beijo da Mãe Kundalini é morte. O beijo da Mãe Kundalini é vida. Os apaixonados não sabem dessas coisas. A única coisa em que pensam é em satisfazer seus desejos e depois se divorciar. Não lhes ocorre outra coisa. Esta é a única coisa que sabem fazer. Pobre gente! São dignos de piedade…
Cozinha, recozinha e torna a cozinhar teu barro e tua água para que quando teu barro voltar ao barro e tua água se evaporar, fique tua Ânfora de Salvação; isto é, tua alma resplandecente e cintilante nas mãos de teu Deus interno.
Quem vê pecado no amor e quem odeia o sexo é um infra-sexual degenerado que quer castrar o sol, porém por desgraça ele próprio será o castrado. Quem odeia o amor e o sexo não comerá a comida do sol, seus testículos secarão e estará morto antes de morrer.
Aqueles que se julgam enamorados devem fazer a dissecação do eu. Devem se auto-explorar com o fim de descobrir se é paixão ou amor o que têm em seu coração. “Se teu amor é uno e com esse amor incluis todos os amores, teus testículos comerão a comida do sol”. Aquele que quiser entrar no reino do esoterismo terá de se vestir com o traje da regeneração, este é o traje de bodas. À mesa dos convidados onde se sentam os anjos, não se pode chegar sem o vestido de bodas. Esse traje não o conseguem ter os que derramam o vinho sagrado. Aqueles poucos que verdadeiramente estão enamorados sabem que não se pode derramar o vinho.
Infelizmente são bem raros os enamorados; quase não existem.
Judas nunca falta nos matrimônios. O triângulo fatal, o adultério, ocasiona milhares de divórcios. Parece incrível que até o próprio Grande Arcano seja agora usado pelos tenebrosos para adulterar e satisfazer paixões. Os adúlteros e os fornicários profanam até o mais santo. Os passionais nada respeitam.
A felicidade no matrimônio só é possível com a morte de Judas. Este Judas é o eu, o mim mesmo, o Ego reencarnante. Temos de ir de Pedro a João. Primeiro devemos percorrer o caminho de Pedro e trabalhar com a Pedra Filosofal (o sexo). Depois, temos de chegar ao caminho de João ( o Verbo). Estes dois caminhos estão separados pelo espantoso abismo onde só se ouve o pranto e o ranger de dentes. Precisamos estender uma ponte para unir os dois caminhos, se é que queremos verdadeiramente ir de Pedro a João. Essa ponte se chama morte. Ali deve morrer Judas, o eu, o mim mesmo, o Ego.
Lembra-te que o beijo da Mãe Kundalini é morte e ressurreição. Um dia despertarás e logo terás a alegria de morrer em ti mesmo. Judas deve morrer na ponte, se é que queres chegar ao caminho de João (o Verbo). É necessário que sejas morto para que fiques livre e convertas teu barro em uma ânfora de salvação (alma), na qual possa entornar o Grande Senhor Escondido aquela comida e aquela bebida, a única comida e a única bebida solar que pode saciar a fome e a sede de justiça de todo aquele que consegue escapar vitorioso do horrendo vale da morte.
Pedro, assim chamado Cephas, pedra, representa todo o trabalho com o sexo. João significa o Verbo, a encarnação da palavra atraavés de graus sucessivos e de sucessivas Iniciações Cósmicas. Pedro morre crucificado como o Cristo e com a cabeça para baixo, para a pedra, indicando o trabalho com a Pedra Filosofal (o sexo). João (o Verbo) encosta sua cabeça no coração do Cristo Jesus e este como que diz: Dai-me acolhida de amor em vosso lar e vos tornarei eterno em meu Sagrado Coração.
Cada um deve construir a ponte da morte em si mesmo. O caminho de Pedro deve se unir ao de João mediante a morte de Judas. Só chegando a João encarnamos o Verbo, realizamos a palavra e nos cristificamos. Mas nem todos compreendem o caminho de Pedro e não andam porque ainda não sabem que as pedras têm coração. E assim tampouco compreendem o caminho de João. Ninguém pode chegar ao caminho de João sem ter percorrido o caminho de Pedro (o sexo). João (o Verbo) está nos esperando.
Recordemos aquela cena do mar Tiberíades, depois de comerem o pescado. Pedro olha a João e pergunta ao Mestre: E sobre João? O Mestre responde: Sim, quero que ele fique até que eu venha e quanto a ti?
Realmente, o Verbo aguarda no funde de nossa arca o instante de ser realizado. O matrimônio perfeito é o caminho de Pedro. Precisamos construir a ponte da morte para chegar ao caminho de João. Judas é o eu que prejudica a felicidade dos matrimônios. Judas fornica e casa por paixão animal crendo-se enamorado. Precisamos enforcar Judas na ponte da morte. Somente assim conseguiremos chegar a João. A regeneração torna-se impossível sem a morte de Judas (o eu).
O sexo não é puro cérebro. Até as pedras têm coração. Se quisermos tornar o sexo puro cérebro, violaremos a lei e adulteraremos. O resultado será o fracasso total, o abismo e a Segunda Morte. Judas nos trai de instante a instante e, se ele não morre de instante a instante, não chegaremos ao caminho de João. Quando as pessoas se resolverem a morrer de instante a instante, reinará a felicidade nos lares e se acabará a fornicação e o adultério. Os divorciados são o resultado da paixão. Morta a paixão, não haverá mais matrimônios equivocados nem divórcios. Há também aqueles que se casam por puro interesse econômico ou por conveniências sociais. Assim é como Judas vende a Cristo por trinta moedas de prata. O resultado é o divórcio.
Hoje em dia, o dinheiro casa com o dinheiro: tanto tens, tanto vales. O dinheiro fala por ti, dizem os imbecis. Esses insultadores, esses blasfemos contra o Espírito Santo, julgam-se gente prática e vivem constantemente se casando e se divorciando, se é que tiverem a sorte de que o cônjuge ressentido não os mate à bala. Realmente, essas pessoas ignoram totalmente isso que se chama amor, porém falam do amor e até juram amor eterno.
Agora, estão na moda as revistas com anúncios amorosos. São um verdadeiro gracejo tais anúncios: Mulher branca, tanto de altura, tanto de capital, olhos de tal cor, tal peso, tal religião, etc., deseja casar com cavalheiro que tenha tantos anos, tanto de capital, tal cor, tal altura, etc. Cavalheiro de tal culto, tal idade, tal cor, etc., deseja contrair matrimônio com mulher que meça tal altura, que tenha tal cor, tal capital, etc. Tudo isso é realmente engraçado e horrível. Tudo isso é prostituição com o visto oficial das autoridades e da sociedade. O resultado de tudo isso é dor, matrimônios absurdos, prostituição e divórcio.
Foram perdidos os bons costumes e a unidade dos lares veio ao solo. Agora, por estes tempos, as mulheres casadas andam sós e metidas em clubes, bares, cinemas, etc. Os sábados são dias especiais para os homens casados. Nesse dia, como no fim de semana, dão-se ao luxo de acabar com o seu dinheiro nos bares e de adulterar miseravelmente. Não lhes importa uma vírgula a sorte de seus filhos e esposas. Entregaram-se a um relaxamento dos bons costumes e o resultado não pode ser outro senão o fracasso dos matrimônios. O que sobre bases falsas se constrói, torna tudo falso. Isso de se casar por paixão, de se casar por interesse econômico, por conveniências sociais, etc., tem de levar inevitavelmente ao fracasso. Para que haja amor, precisa-se de uma plena comunhão mística dos dois seres nos sete níveis da mente. Não existindo esta plena comunhão nos sete níveis da mente, o resultado é o divórcio.
O amor é como uma árvore solitária iluminada pelo sol, o amor é como uma criança recém-nascida, o amor é como uma rosa inefável banhada pela luz do plenilúnio, o amor e a paixão são incompatíveis, o amor e paixão são duas substâncias que não se combinam, o amor é absolutamente inocente… Onde há amor não pode haver ciúmes, ódio, nem ressentimentos, porque o amor é incompatível com todas essas baixas paixões. O amor começa com um cintilar de simpatia, se substancia com a força do carinho e se sintetiza em adoração. Um matrimônio perfeito é a união de dois seres: um que ama mais e outro que ama melhor. Antes de se casar, é preciso autoexplorar o eu de forma bem sincera e bem profunda para nos autodescobrir totalmente.
Devemos usar o bisturi da autocrítica para extrair a paixão que temos dentro e pô-la sobre o tapete das cruas realidades. É melhor saber renunciar a tempo de que fracassar lamentavelmente. É urgente descobrir se realmente existe em nós a plenitude do amor. Unicamente sobre a base do amor conseguiremos realizar um bom matrimônio. Para que haja amor, deve existir entre os dois seres afinidade de sentimento, afinidade de emoções, de ação, de religião, de idéias, etc. Onde não houver esta comunhão mística, o amor é impossível.
Nisto de matrimônio, os legisladores podem estabelecer todas as leis que quiserem que nada conseguirão melhorar. A felicidade no matrimônio só é possível se enforcando Judas, o eu. Quem quiser ser feliz no casamento deve ser sincero consigo mesmo e não se casar por paixão, por interesse ou por conveniência social.
Os matrimônios modernos profanam o ato sexual. Os matrimônios modernos fracassaram devido ao abuso sexual. Os casais modernos não querem compreender a divina majestade do sexo. É preciso saber que o sexo é santíssimo. Na sagrada Índia dos Vedas, o sexo é praticado para se conseguir a união com o espírito vital e entrar no Nirvana. A nenhum sábio do oriente lhe ocorreria usar o sexo para satisfazer paixões carnais. O iogue tântrico usa a mulher para sua auto-realização íntima. O melhor que o budismo e o hinduísmo têm é o tantrismo. Podemos assegurar que o tantrismo é a essência da ioga. Existem três tipos de tantrismo: o branco, negro e o cinza. Realmente, o único que serve é o tantrismo branco. Nele não existe o orgasmo nem a ejaculação do sêmen. Nele se desperta o kundalini, isto é, o fogo do Espírito Santo.
Dito fogo fortifica a alma, a robustece e a enche de ígneos poderes terrivelmente divinos. A ioga sexual diz que há que se converter veneno em medicina. Por veneno entendem eles o uso da mulher e das bebidas espirituais. Em termos alquimistas diríamos que temos de transformar o chumbo em ouro.
Realmente, de nada serve a ioga sem o tantrismo, de nada serva a ioga sem sua escola sexual.
Os brâmanes consideram a união sexual equivalente a um sacrifício divino e os órgãos femininos como o fogo em que se oferecem em sacrifício. A mulher brâmane diz em um dos textos sagrados: Se é teu desejo usar-me para o sacrifício, que se te conceda qualquer benefício que por minha mediação invoques.
No tantrismo budista, alcança-se o Nirvana mediante a mulher e o sexo. Os iogues alcançam o êxtase com o ato sexual sem derramamento de sêmen. Este é o coito reservatus ou seja sexual sem se chegar à ejaculação do sêmen. Os iogues tântricos passam por uma longa e difícil preparação antes de entrar no terreno da ioga sexual. Em toda essa preparação entra a concentração, a meditação, bandas, mudras, pratyara, pranayama, etc. Um texto assinala que o iogue tem de dormir com a mulher por três meses à sua direita e três meses à sua esquerda sem ter contato sexual com ela. Somente depois disso é que vem a união sexual sem ejaculação. Este ato é denominado de Maithuna. Com Maithuna se desperta e se desenvolve o kundalini tatalmente. Antes do ato sexual tântrico se dança alegremente. Iogue e yoguine executam a dança de Shiva e Shakti antes da Maithuna. Shiva é o Espírito Santo e Shakti sua esposa, o eterno feminino. O casal de iogues depois da dança sagrada sentam-se para meditar como os Iniciados maias, costas contra costas, fazendo o contato das duas espinhas dorsais para conseguir um perfeito domínio mental e emocional e da respiração.
A posição em que se sentam é no estilo oriental, com as pernas cruzadas, assim como se representa Buda, e no chão. Apenas depois disso é que vem a prática com a Maithuna. Entre os iogues, tudo isso é realizado sob a direção de um guru. Este faz passes magnéticos de grande poder no centro magnético do cóccix do iogue e da ioguine, a fim de ajudar no despertar do kundalini. Em um texto de ioga, aconselha-se aos praticantes suspenderem a respiração quando em perigo de cair no orgasmo.
O livro diz: Se o discípulo suspende a respiração, não derramará seu sêmen, ainda que o abrace a mais jovem e atraente das mulheres. No oriente, existem várias posições mágicas para se realizar o ato sexual chamado Maithuna. As mulheres iogues têm o poder de contrair os músculos vaginais maravilhosamente a fim de evitar o orgasmo e a perda do licor seminal. Assim se desperta a cobra.
Os textos tântricos alertam que ainda quando o sêmen esteja a ponto de ser ejaculado, o iogue deve retê-lo custe o que custar, isto é, não deve derramar o sêmen.
Durante este ato sexual, o iogue entra em êxtase. Com este tipo de êxtase se alcança o Nirvana. Isto é cavalgar o tigre. Assim é como os iogues consideram este ato sexual chamado Maithuna. As posições sexuais da Maithuna são muitas e se escolhe a que se quiser. Todas essas posições estão ilustradas no KAMA SUTRA, o livro da ioga sexual. Algumas vezes, o iogue sentado no chão com as pernas cruzadas no estilo oriental realiza a Maithuna. A yoguine senta-se sobre suas pernas absorvendo o falo e cruzando as pernas por trás do iogue, de forma tal que o iogue fica envolvido por suas pernas. Outras vezes, usa-se o abraço invertido no qual, por razões bem sagradas e simbólicas, a yoguine desempenha a parte ativa. O iogue representa o espírito aparentemente imóvel enquanto a yoguine representa a natureza que está em movimento.
No momento supremo do ato sexual em que o orgasmo se aproxima, a yoguine recorre às mais terríveis e violentas contrações sexuais a fim de evitar o orgasmo e o derrame. Este instante é aproveitado pelos iogues para a concentração mais espantosa e para a meditação mais terrível. Então, chegam à iluminação, ao êxtase, ao samadhi.
No ocidente do mundo, todo casal pode praticar a Maithuna sem usar essas difíceis posições do oriente. Basta orar ao Espírito Santo pedindo ajuda antes da prática e depois realizar o ato ao estilo ocidental, retirando-se ambos antes do orgasmo. Não se deve ejacular o sêmen nunca na vida.
Os tolos cientistas da magia negra crêem que esta prática é danosa e que pode causar congestão da próstata, da uretra e das vesículas seminais. Este conceito dos tolos cientista é uma solene falsidade. Nós , gnósticos, praticamos este ato sexual durante toda a vida e jamais sofremos da próstata, da uretra nem das vesículas seminais. Não há duvida de que os casados chegarão à suprema felicidade com a Maithuna.
Assim se conserva a alegria da lua de mel durante toda a vida. Com este ato há felicidade verdadeira. O casal sente cada vez mais vontade de se acariciar e de realizar o ato sexual sem chegar jamais ao cansaço nem ao aborrecimento. Com este ato sexual, se acabarão os divórcios do mundo. Com este ato, entramos no Nirvana. Também se pode orar e meditar costas contra costas ao estilo oriental antes do ato, rogando ao Espírito Santo, suplicando para que nos conceda a dita de receber o fogo. É falso afirmar que isto prejudique e traga prostatite. Todos aqueles que praticam a Maithuna gozam de esplêndida saúde. No princípio, a Maithuna é sacrifício. Depois de algum tempo, a Maithuna é plena satisfação sexual e suprema felicidade.
Todas as teorias que os tolos cientistas expõem para combater a Maithuna são absolutamente falsas e quem se deixar enganar pelas razões sem razão desses tenebrosos se converterá em um habitante do abismo inevitavelmente.
Estamos iniciando a Nova Era de Aquário e a humanidade se dividirá em dois grupos. Os que aceitam o tantrismo branco e os que se definem pelo negro, isto é, os que aceitam derramar seu sêmen e os que não aceitam. Os que seguirão ejaculando e os que não seguirão ejaculando. Tântricos brancos e tântricos negros; isso é tudo. Falando em linguagem ocultista, diremos: magos brancos e magos negros. Estes são os dois grupos da Nova Era de Aquário.
Friedrich Nietzsche em sua obra intitulada Assim Falava Zaratustra diz: Voluptuosidade para todos os que desprezam o corpo, vestes de cilício, em seu aguilhão e em seu patíbulo, e a maldizem como mundo todos os que crêem em ultramundos; porque ela ri e zomba de todos os hereges.
Voluptuosidade para a canalha é o fogo lento que queima, para a madeira carcomida e todos os trapos empestiados, é forno preparado para os despojos.
Voluptuosidade, para os corações livres é uma coisa inocente e livre, o jardim da felicidade na terra, a transbordante gratidão de todo futuro presente. Voluptuosidade, só para os melancólicos, um doce veneno, porém para os que têm vontade de leão é o mais cordial e o reverentemente conservado vinho dos vinhos.
Voluptuosidade, a maior felicidade simbólica de uma felicidade maior e de uma grande esperança. Porque a muitos está prometido o matrimônio e mais que o matrimônio; e muitas coisas que são mais estranhas por si mesmas do que o homem para a mulher, e que compreenderam plenamente quão desconhecidos são um para o outro, o homem e a mulher.
Realmente, o amor é um fenômeno cósmico terrivelmente divino. Quando o homem oficia na ara do supremo sacrifício sexual, pode naquele instante dirigir toda a sua voluptuosidade a todos os centros magnéticos para fazê-los vibrar, cintilar e resplandecer. Nesses instantes de suprema voluptuosidade sexual somos como deuses terrivelmente divinos. As sagradas escrituras dizem: Pedi e se vos dará, bebei e se vos abrirá. Realmente, o momento supremo do gozo sexual é o preciso instante para se pedir ao Terceiro Logos (o Espírito Santo) todos aqueles poderes pretendidos. O tremendo poder das forças de Shiva, o Terceiro Logos, converter-nos em deuses.
Muito se fala sobre meditação e êxtase. Realmente, a melhor hora para a meditação e o êxtase é a hora da voluptuosidade sexual. As forças sexuais produzem o êxtase. Devemos transformar a voluptuosidade em êxtase através da meditação. Durante o ato sexual e depois do ato, mas quando a voluptuosidade ainda está vibrando, passamos pelo sacrifício intelectus. Realmente, só a emoção criadora pode levar-nos ao êxtase.
Só quem é capaz de chorar orando ao Terceiro Logos antes do ato, no ato e depois do ato pode entrar no Nirvana. Só quem é capaz de se embriagar com a voluptuosidade sem derramar o sêmen pode converter-se em um deus terrivelmente divino. Aqueles que aprendem a gozar da voluptuosidade sabiamente, sem derramar o sêmen, convertem-se em seres absolutamente felizes.
O matrimônio perfeito é a base do Sendeiro do Cristo social. Infelizmente, na vida moderna, o matrimônio converteu-se em uma frivolidade afastada da sabedoria. A isto se devem os fracassos, a isto se devem os divórcios. É necessário estudar a gnose. É urgente voltar às celebrações místicas dos mistérios do amor. É urgente aprender a gozar das delícias do amor. É urgente compreender que com a voluptuosidade nasce o anjo dentro de nós mesmos. Só os anjos podem entrar no reino!
O tantrismo branco possui a ciência para se acabar com os divórcios e se conservar a lua de mel durante toda a vida. O lar é a base de uma sociedade cristã.
O tantrismo branco com sua famosa Maithuna é a chave da divina felicidade sexual.
(Samael Aun Weor, Matrimônio, Divórcio e Tantrismo)
fonte: http://www.gnosisonline.org/tantrismo/matrimonio-divorcio-e-tantrismo/