O que o Budismo pode nos ensinar?

O Budismo consiste no ensinamento de como superar o sofrimento e atingir o nirvana (estado total de paz e plenitude) por meio da disciplina mental e de uma forma correta de vida. Também creêm na lei do carma, segundo a qual, as ações de uma pessoa determinam sua condição na vida futura. A doutrina é baseada nas Quatro Grandes Verdades de Buda:
  1. A existência implica a dor -- O nascimento, a idade, a morte e os desejos são sofrimentos.
  2. A origem da dor é o desejo e o afeto -- As pessoas buscam prazeres que não duram muito tempo e buscam alegria que leva a mais sofrimento.
  3. O fim da dor -- só é possível com o fim do desejo.
  4. A Quarta Verdade -- se prega que a superação da dor só pode ser alcançada através de oito passos:
  • Compreensão correta: a pessoa deve aceitar as Quatro Verdades e os oito passos de Buda.
  • Pensamento correto: A pessoa deve renunciar todo prazer através dos sentidos e o pensamento mal.
  • Linguagem correta: A pessoa não deve mentir, enganar ou abusar de ninguém.
  • Comportamento correto: A pessoa não deve destruir nenhuma criatura, ou cometer atos ilegais.
  • Modo de vida correto: O modo de vida não deve trazer prejuízo a nada ou a ninguém.
  • Esforço correto: A pessoa deve evitar qualquer mal hábito e desfazer de qualquer um que o possua.
  • Desígnio correto: A pessoa deve observar, estar alerta, livre de desejo e da dor.
  • Meditação correta: Ao abandonar todos os prazeres sensuais, as más qualidades, alegrias e dores, a pessoa deve entrar nos quatro gráus da meditação, que são produzidos pela concentração.

Budismo proporciona bem-estar e autoconhecimento aos seus adeptos.


Budismo proporciona bem-estar e autoconhecimento aos seus adeptos.
Filosofia prega valores como ética e desapego e mostra que até as tarefas do cotidiano como lavar pratos também são importantes para a evolução espiritual, a ser perseguida aqui e agora.
O conceito de impermanência, comum a todas as linhas do budismo, é aprofundado pelo lama Gangchen Rimpoche, um dos grandes mestres vivos da tradição tibetana: "Confundimos impermanência com a ideia de que algo existente hoje um dia vai deixar de existir. Mas não é disso que se trata. Impermanente é aquilo que se transforma a cada instante. A mente, por exemplo, continua existindo, mas está em constante transformação. Se tivermos a compreensão correta, não sofreremos tanto diante das mudanças, aceitando a realidade tal como ela é: o resultado de uma transformação natural e contínua".

Engajado na construção de um mundo pacífico, o lama Gangchen conheceu o Brasil em 1987, trazido por Bel César, psicoterapeuta, fundadora e, durante 16 anos, presidente do Centro de Dharma da Paz Shi De Choe Tsog, em São Paulo. Desde então, visita sempre o país, onde tem muitos admiradores. Para o advogado Guilherme Cunha, 64 anos, meditar é um modo de encontrar bem-estar e de aproximar corpo e mente.

Funcionário aposentado da Comissão de Direitos Humanos da ONU, Guilherme entrou em contato com o drama dos refugiados tibetanos e teve a chance de conversar pessoalmente com o dalai-lama quando este esteve no Brasil na década de 1990. Porém, seu interesse pelo budismo só foi despertado aos poucos. "Sempre fui materialista", confessa. "Primeiro busquei entender o budismo por meio de leituras. Depois, com aulas de ioga, cheguei à meditação"

Pilares
Ela é considerada uma das mais importantes práticas budistas. Há várias formas de meditação e, para que sejam praticadas corretamente, é necessária a orientação de um instrutor qualificado. Para aqueles que têm dificuldade de se concentrar, a monja Yvonette sugere outras atividades, como a ioga, o tai chi chuan, cantar em um coral ou até ser voluntário em um hospital: "O importante é agradecer por estar vivo, estudar e trabalhar em benefício do próximo".

Tal flexibilidade, aliás, é uma das marcas do budismo. Os ensinamentos podem e devem ser questionados de acordo com a experiência de cada um. Foi essa liberdade que encantou Guilherme: "Lanço mão do budismo quando preciso dele. Meu compromisso é com o conhecimento. Não sinto a exigência de uma adesão religiosa".

Leia na fonte: http://www.abril.com.br/noticias/ciencia-saude/budismo-proporciona-bem-estar-autoconhecimento-aos-seus-adeptos-414829.shtml

http://www.sepoangol.org/buda.htm#pratica

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